Foi em 2009, em pleno fervor do break em Sertãozinho, que o bboy Turbo sentiu que era a hora da cidade formar uma crew. Turbo, Ratin e outros bboys já treinavam juntos e ansiavam para levar o flavour para as cyphers, para as rodas, como rockers. Foi a partir deste querer que o nosso grupo iniciou e foi batizado como Killa Rockers pelo Ratin.

Já com a ideia e um nome, convidamos o bboy Anjin para se juntar à nós, o que nos ampliou as possibilidades: já não estávamos só nas rodas, mas também nos campeonatos. Logo no primeiro evento que participamos, o Jovem Culturando em Jaboticabal/SP, ganhamos em trio e isso nos motivou mais a competir.
No ano seguinte, em 2010, o bboy Neguin “Ramidec” formou o quarteto com a Killa Rockers, o que nos direcionou aos campeonatos de crew. A sede aumentava, ainda assim permanecíamos na essência underground em participar de cyphers. Eram as rodas que nos instigavam, e foi a partir delas que criamos o reconhecimento na cena. 

Em 2011, os bboys Hiago, Nathana e Rock Lee, de Uberlândia/MG, se juntaram ao grupo e consolidou uma conexão de São Paulo e Minas. Expandimos em territórios e nos nossos projetos, passamos a ser – com a influência do Rock Lee – uma crew não só de break, mas de Hip Hop.  Começamos a bombardear em graffiti os muros da cidade com o nosso nome e o levamos em rimas pro rap estilo anos 90.
Um pouco mais tarde, em 2014, somaram ao Killa os bboys Ruddy, Perninha e One Roc, trazendo profissionalismo, estratégias e ambições. Ganhamos o maior festival de break do Brasil, Master Crews, e passamos a incluir mais política nas nossas ideias e a escrachar nossa ideologia. Neste momento a gente compreendeu nosso movimento pra além da dança; ele é voltado pra arte que engloba sonhos, lutas e compromissos. 

Organizamos um campeonato nacional, o Síntese Hip Hop, em Ribeirão Preto, no ano de 2015, que promoveu ações nas ruas, na Fundação Casa e em escolas, durante um mês. O intuito foi unir os cinco elementos do Hip Hop com batalhas de break e de MCs, e encontro de graffiteiros e DJs. O quinto elemento, no caso o conhecimento, aconteceu em debates e trocas de ideias entre os participantes. 
No mesmo ano, e na mesma cidade, foi criada uma sede da Killa Rockers, no Centro Cultural Palace, onde realizamos eventos e treinos abertos. Unimos crews, bboys de diferentes épocas, e ajudamos a formar uma nova geração de dançarinos de Ribeirão. Fomos eleitos como a 'melhor crew da America Latina' por voto popular duas vezes consecutivas: em 2015 e 2016, aonde recebemos o premio na Freestyle Session America Latina, São Paulo-SP.
Em 2017 a Killa contou com a entrada do bboy Slice e o DJ Robson Selectah, e com a entrada em outros países. Iniciamos uma turnê na França e participamos de uma série de campeonatos internacionais, tais como a Battle New School e Pessac Battle Arena.

Expandimos mais na carreira internacional e, em 2018, participamos dos maiores festivais da Europa, o Outbreak Europe e a The Notorious IBE. O que realizamos em conjunto deu o norte para cada um seguir em sua trajetória com conquistas e uma bagagem mais fortalecida.
Em 2019, a Killa Rockers celebrou uma década de muita dança, histórias e aprendizagem.

Atualmente a crew tem levado alguns títulos para casa como: Master Crews / Bonnie ¶ Clyde, Hip Hop em ação e o mais recente, o mundial Hip Opsession, em Nantes - França, que aconteceu em fevereiro de 2023. Alem de realizar alguns eventos como o Algori Skillz em Sertãozinho- SP e a 4º edição do Discípulos das Ruas, em Barrinha-SP. Contando com os atuais integrantes: Ratin, Anjin, Fran Killa, Robsom Selectah, Blanka, Perninha, Ruddy, Nakatu e Slice. 

Acima de vitórias, projetos e campeonatos, nosso maior orgulho é ser uma crew unida, e nossa principal meta é prezar os princípios de manter a essência do Hip Hop vivo, pulsando. O respeito à cena e o apreço ao movimento nos fazem acordados há 14 anos vivendo um sonho sonhado junto.